13 agosto 2017

O amor de Pai ♥

Da mamãe para o papai!


Eu poderia aqui compartilhar diversos momentos que você me emocionou como pai (antes mesmo da nossa Mari), mas quero contar apenas um, um que me faz te amar ainda mais (se é possível)...

Com um dia de atraso, descobrimos nossa sonhada gravidez (e que realização e sonho), acreditávamos ser o dia mais feliz de nossas vidas (hoje percebo que foi o segundo dia mais feliz).
Após uma semana, nosso sonho se tornou em um temido pesadelo, entraram os sangramentos na nossa história. Já na emergência, fui examinada e orientada a voltar pra casa, afinal, com esse tempo de gestação (5 semanas) não poderia ser visto no ultrassom.
Confesso, que voltei extremamente fragilizada e me sentindo impotente á toda essa situação. Permaneci assim por mais 7 dias, sangrando e "morrendo" por dentro, sem forças para acreditar que meu bebê ainda estivesse comigo. Até que, no 8º dia o sangramento aumentou e fomos novamente à emergência. Chegando lá fui examinada e constatado sangue no canal, a médica disse que era principio de aborto e pediu para que eu voltasse no dia seguinte para fazer ultrassom.
Ali, eu não tinha mais meu coração e comecei a falar do nosso bebê no passado, pois racionalmente falando, como seria possível um serzinho do tamanho de um grão de arroz sobreviver á 8 dias de sangramentos? E então, você #ROG, me abraçou e chorou, pediu para eu não falar mais assim, no passado.
Naquele momento, mesmo sem entender, eu me senti carregada pela tua fé. Quando eu não tinha mais meu coração (e esperanças), você se fez forte por nós e acreditou!
No dia seguinte acordamos cedo e fomos fazer aquele exame que já foi tão sonhado e idealizado de outra forma. Esperamos algumas horas, quando me chamaram e você não entrou comigo. Levantei-me e acreditei estar indo sozinha.
Entrando naquela sala com iluminação baixa, o medico questionou o motivo de estar realizando o exame de emergência e eu expliquei. Ele pediu para eu ir ao banheiro e me trocar.
Deitei-me naquela maca gelada e então, percebi que não havia um monitor para ver o exame (como tem nas clinicas que realizam esses exames de rotina). Então, restou-me olhar para o médico e tentar perceber suas reações ou ver algo refletido no seu olhar. Até que, sem coragem, olhei para o teto branco e perguntei á ele: "Achou o meu bebê?". E ele: "Estou procurando".
Depois dessa resposta, eu não conseguia mais pensar, nem tão pouco acreditar. Até que, alguns segundos depois, ouço um "tum, tum, tum, tum" e pergunto: "De quem é esse coração?", ele respondeu: "Do seu bebê!" e então, sob mim já não havia mais aquele teto branco, era o céu, era Deus me dizendo que eu NUNCA estive sozinha, mesmo se tudo me mostrasse assim estar! Chorei (e choro até hoje).
O médico virou o monitor e me mostrou ela (que eu acreditava ser ele ainda kkk), tão forte, tão valente, mas tão pequena e tão frágil! Me explicou do sangramento e disse que precisaríamos cuidar de um descolamento (por isso do sangramento continuo).
Me levantei, troquei de roupa e o agradeci.
Saí da sala já te ligando e você disse que estava indo em direção a sala de espera. Saí correndo e nos encontramos no corredor e eu disse: "Eu ouvi o coração dele", te abracei e chorei!
Bom, contei tudo isso para te agradecer, pois a sua fé fez milagres, basta olhar a minha barriga crescendo! Obrigada por acreditar por nós três, quando eu não conseguia!
Você é nosso maior exemplo, nosso maior amor e ela será seu chaveirinho, sua princesa!
Como eu sempre digo, agora eu tenho dois corações dentro de mim que batem por você!
Te amamos!

Feliz dia dos pais!

Grande beijo, Ninna e Mari!

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