Adeus, Juju

Como dissemos ontem para a Mariana, o Juju (nosso cachorro) foi morar no céu!

Ele estava doente, com câncer de próstata, infecção intestinal (que nem as aplicações a cada 48 horas de antibióticos resolveram), um tumor aberto na pata dianteira e outro se instalando na pata traseira. 
Esses últimos 40 dias foram os mais intensos e dolorosos pra gente, eu acordava as 03:30 para cuidar dele antes de trabalhar (passar remédio na ferida, dar os analgésicos para aliviar a dor e tentar fazer ele comer), mas seu apetite estava bem restrito, ele já tinha emagrecido cerca de 30% do seu peso. 

A veterinária já havia nos informado sobre a possibilidade de eutanásia, pois o caso dele era MUITO grave, irreversível. Mas eu sou teimosa, e juro que acreditei ser possível. 
Combinei com o Juju que "chegaria o momento" (do nosso adeus), quando ele parasse de comer e infelizmente, chegou ontem (15/11). 

Quinta-feira (11) ele comeu MUITO bem e isso deu alegria e esperança numa rotina TÃO intensa de cuidados; sexta (12) comeu menos; sábado (13) menos ainda e domingo (14) menos do menos. Segunda (ontem, 15), praticamente não comeu. 

Fomos na veterinária sem ele (não queria que ele ouvisse o que eu ouvi) e ela me explicou todos os "trâmites" (nem sei se deveria chamar assim). 
Quando chegamos em casa demos churrasco pra ele, o saco inteiro de biscoitinho que ele TANTO amava e o deixamos um pouco sem o cone (aquele colar cervical que o impedia de lamber a feriada/tumor). No finalzinho da tarde fomos para a veterinária. (nessa hora eu já fui chorando rios)

Já na maca, ficamos o tempo todo fazendo carinho, chorando e dizendo o quanto a gente amava ele. A veterinária aplicou o sedativo e ele foi desfalecendo nos nossos braços, então, ele dormiu. Saímos da sala D-E-S-P-E-D-A-Ç-A-D-O-S! (Posteriormente seria aplicado a injeção que pararia o seu coração, mas escolhemos não permanecer na sala)
A veterinária disse que TUDO que poderia ser feito, foi e que ele não resistiria mais que poucos dias da forma que estava vivendo. 

Dói muito, sabe? Foi, sem dúvida, a decisão MAIS difícil da minha vida! 
Eu ainda não consigo parar de chorar, o vazio tá grande. Foram 12 anos de amizade! 
O que me consola foi que ele teve um lar, o melhor de nós e uma família que não o abandonou em nenhum momento. 
Que o tempo passe logo para que essa ferida que TANTO sangra, ao menos cicatrize!